sexta-feira, 19 de março de 2010

Pelo canto dos meus olhos



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As coisas
Num azul intenso
Passeiam por meus olhos.
Roupas no varal
Poeiras do instante.
Da carne o prepúcio escorre
Onde alma lambe vento
Leve, vazia, claridade fria...
Pelo canto dos meus olhos
Esmago imagens.
Escorre pelas mãos
o embrião das coisas.
Pelo canto dos meus olhos
Parte um trem.
Caruaru – 2000
Marcos Vidal

Um comentário:

  1. Gostei muito, não só desse como de todos que li!!Parabéns pela criação!!
    Bjs
    Val

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