sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Vertigem





A sobriedade
me entorpece...
no entanto, uma voz
surge em tapete carmim,
etérea a engrandecer
os meus eus.
Trancafiado em mim
eternizo passarinhos.
Em meu abissal
cavalos-marinhos circulam azul.
A noite dança faceira
com seus brincos de estrelas
a gozar enfim.
A minha vertigem
não tem pressuposto
antes o meu desgosto
a sofrer tanto assim.
Mas eu rotulo o vento
esmago o meu pensamento
e desaguo semelhante
ao meu lixo ambulante
chamado desencanto
que atrás do pensamento
trouxe você no fim.

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