As notícias chegam ao vivo, ditam
ritmo e nos desacostumam de tudo. Depois de um silêncio mais contundente no
século passado, vozes entrelaçadas de acontecimentos têm sido mais asfixiantes,
sem oxigênio, ideias adversas que se formam devido ao volume de coisas que se
vão também por dentro. Aliás, mais por dentro. Um redemoinho de coisas que busca
conexões com tudo que seja possível de comunicação. Embora o mundo esteja mais
junto e estigmatizado, uniforme de moda e motes que se perdem pelo caminho.
O novo tem fôlego estreito, e
por mais que eu esteja de acordo com boa da parte da modernidade, a estranheza
começa exatamente pelo distanciamento de desejos que se formam em torno de
nossas necessidades. Tudo que tem atrapalhado as estações, além das momentâneas
preguiças mentais, os esporádicos prazeres vão se impondo de forma
avassaladora.
A fugacidade das coisas,
estejam elas em nós ou no mundo exterior, divide opiniões sempre. Subjetividade
é sinônimo de que?
A subjetividade só atinge o
grau máximo quando, salvo exceções, consegue refletir e definir o que se vai
por dentro. Por isso os poetas escrevem, para diluir o espaço entre o mundo
exterior e o mundo interior, tão subjetivo e desprezível, que precisa do
montante de palavras arquivadas em nossa biblioteca interior, capaz de subjugar
as impressões mais absurdas na contramão peremptórias do dia objetivado e lido
pelo universo em que vivemos.
Marcos Vidal
É isso !
ResponderExcluirGrande Mestre,
ResponderExcluirTem toda a razão quando escreve sobre o incômodo, de fato tira todo o nosso oxigênio e nossa energia.
Só muita meditação, relaxamento e respiração profunda para poder seguir em frente.
Meus parabéns pelos ensinamentos do seu texto.
Tudo de bom e um tríplice e fraternal abraço.
Do amigo Stenio:.