Tu conseguirias
atrás do
pensamento
esconder a minha
dor
sob a borda do
esquecimento
de franjas e
neves?
Tu conseguirias
beijar-me, afogar-me
de tua saliva
depois regurgitar-me
em teu jardim
sem flores?
Tu conseguirias
fingir que me
ama
e depois, cansado
de mim,
Dizer-me a
verdade em letras garrafais?
Ou esperar a dor
sarar
da saudade
passar,
pra dizer
que ainda me quer
sem cinzas de
poeiras nos olhos?
Ou espancar-me
de afagos
Despindo-me
alegre e fagueira
Atravessando-me
a alma
Antes do
anoitecer?
Ou retirar-me o
ar
Deixando-me
morrer
Embalado sob
pequenos movimentos
Ardilosamente preparados
pelo teu corpo?
Tu conseguirias?
Marcos Vidal
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