domingo, 18 de setembro de 2011

Como posso?




Como posso querer
Que todos os dias sejam iguais
Se até mesmo o mar que ontem
Era azul passou à verde
Na manhã de hoje?

Como posso querer
Que tudo seja igual
Se até a fealdade tem lá
A sua beleza?

Como posso querer
Que você esteja presente
Se até eu ando ausente de mim mesmo?

Como posso?

Não conheço certeza
De nada, e antes que eu
Me arrependa da frase feita
Pergunto-me: Como posso?

E sem resposta
Sigo a inventar nuvens
como sei.

Marcos Vidal

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